O deputado federal Alfredo Gaspar (União – Brasil), coordenador da Comissão que acompanha o afundamento do solo em Maceió na Câmara dos Deputados, protocolou, na sexta-feira (01), um ofício direcionado ao Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e ao Presidente em exercício Geraldo Alckimin, em busca de apoio institucional urgente para a destinação de auxílio econômico-financeiro para pescadores e marisqueiras que há gerações tiram seu sustento da Lagoa Mundaú. As famílias podem ser as mais afetadas com o possível desabamento da mina-18, uma vez que grande parte dela está sob a Laguna.
“A ação criminosa da Braskem, além de atingir as residências de milhares de maceioenses, também afetou a renda e a sobrevivência. Agora, essa ação devastadora ganha outro triste capítulo, afetando pescadores e catadores de mariscos que dependem da Lagoa Mundaú para sua sobrevivência. A possibilidade desse grande acidente ambiental, sem dúvida o maior do país e talvez do mundo, deixará os maceioenses em grave situação, e os pescadores e marisqueiras, que retiram seus sustentos da Lagoa, serão substancialmente atingidos, ocasionando dificuldades alarmantes”, afirma o deputado alagoano.
No pedido urgente de ajuda para Maceió, o deputado Alfredo Gaspar explica que desde o último dia 28 de novembro, com o alerta da Defesa Civil de Maceió sobre um possível desabamento na área do Mutange, toda a região, inclusive a Lagoa, teve que ser isolada. “Diante da situação de emergência, dada a iminência de um desastre ambiental, e da impossibilidade dos pescadores e catadores de mariscos permanecerem no local exercendo seu trabalho, solicito, com urgência, apoio institucional, por meio da destinação de auxílio econômico-financeiro, para esses cidadãos, visando mitigar os problemas. Conto com a solução célere do grave problema enfrentado pela população maceioense e alagoana”, colocou.
Alerta Vermelho: Desde o momento que soube da possibilidade de desabamento, o deputado Alfredo Gaspar segue acompanhando de perto a situação da cidade e das vítimas. “O que está acontecendo em Maceió é fruto de um crime, e a criminosa identificada é a Braskem, que precisa pagar por esse crime. A empresa ainda tem uma conta grande com Alagoas e principalmente com a população que precisou ser retirada de suas casas, teve a vida prejudicada, a saúde, o patrimônio e não tem recurso nenhum capaz de arcar com isso, não nesse momento. Mas essas pessoas precisam ser atendidas”, coloca o parlamentar.
Ele destaca ainda, que já solicitou há mais de dois meses, através da Comissão, que a Polícia Federal conclua o inquérito correspondente ao afundamento do solo que afetou mais de 60 mil maceioenses, e assim, a empresa e os envolvidos possam responder criminalmente por essa ação devastadora que se prolonga há décadas.